Bolo de batata e a história das panelas da mamãe

Para a massa:

1kg 1/2 de batata cozida
1 copo de requeijão 
1 colher de sopa de trigo
1 xícara de chá de leite
2 colheres de sopa de margarina
2 ovos
sal a gosto
queijo ralado para polvilhar a superfície do bolo

obs.: prefira cozinhar as batatas com sal (eu uso bem pouco)


Recheio:

600 gramas de carne moída
azeite
alho e cebola triturados
2 tomates picados e sem sementes
tempero completo (sem sal), se desejar
1/2 lata de ervilha
1/2 lata de milho
2 punhados de azeitonas picadas e sem caroço
1/2 xícara de chá de molho de tomate


Preparo


Tempere a carne com o tempero completo se desejar. Refogue a carne moída como de costume, com azeite, alho e cebola. Acrescente o milho, o tomate, a ervilha e a azeitona. Coloque o molho de tomate e deixe cozinhar. Não deixe ficar muito molhadinha. Você também pode usar 1/4 daqueles cubinhos de caldo de carne. Cuidado para não ficar muito salgado, usando o cubinho e o tempero completo. Ou um, ou outro.

Aqui a carne pronta.

As batatas cozinhando nas panelas da mamãe. Eu conto a história das panelas aí em baixo.

Humhum... eu tenho um escorredor antigo, que hoje o povo customiza e faz várias coisas lindas com ele, especialmente arranjos. Eu tenho um menor, de silicone, mas uso este aqui quando preciso escorrer muita coisa, era da mamãe também. 

Então, batatas cozidas, amasse-as. Há quem use aquele troço cujo nome eu nem sei, cheio de furinhos e a gente põe a batata ali e ela sai um purê. Sou mais prática. Amasso-as com o garfo, depois com um socador de pau. O segredo é fazer isso enquanto estão bem quentinhas.

Acrescente a margarina e o requeijão. Misture bem.
Dissolva o trigo no leite. Acrescente. Misture mais.
Leve ao figo baixo.
Coloque dois ovos inteiros e misture bem. Misture bastante para a massa ficar homogênea. Eu uso colher de pau. 

Ligue o forno uns 5 minutos antes. Unte a forma e despeje metade da massa. Depois recheie. Coloque mais massa para cobrir o recheio. Polvilhe queijo ralado por cima. São 20 minutos de forno médio.
Ah, faça uns furinhos na massa para o recheio "respirar".

Saindo do forno...

Gente, ficou bommmmmmmmmmmmmmmm. 

Pois é... Por que eu tenho essas panelas antigas da mamãe?
Essas panelas são do casamento da mamãe, do primeiro, claro, com o meu pai. Elas devem ter uns 42 anos. São aquelas Rochedo antigas, panelas boas.
Quando me separei, eu estava muito doente e vim morar com a mamãe. A ideia era ficar por um tempo e depois me mudar para uma casa menor, na mesma rua, também dos meus pais.
Mas a mamãe estava para se casar. Sim, divorciada há 7 anos, ela encontrou o Seu Jayme, um senhor viúvo, da Igreja dela, um amor de pessoa, que a pediu em casamento.
Gente, foi lindo. Eles tiveram lua-de-mel em Penedo, ó, que fofo!

Pois bem, minha mãe estava tão feliz que refez um enxoval completo. E, claro, de acordo com a nova casa, um apartamento.
Ficaram as panelas e quase tudo o que ela tinha. 
Eu estava comprando algumas coisas para a minha nova vida de solteira e já havia comprado um jogo de panelas de teflon, minha irmã me dera um jogo de inox com tampa de vidro e eu já estava bem de panelas, diga-se de passagem.
Foi quando a mamãe me pediu que ficasse aqui, na casa onde fomos criados. Além de ser próxima à casa do meu irmão, tinha o Ringo, um pastor alemão, que vivia conosco desde que nasceu e ele já estava com 12 anos. Um cachorro enorme precisava de um quintal maior. Saudades do Ringo...

Então eu fiquei. E como a cozinha é grande e não faltam armários nela e na copa, me deu pena de me desfazer dessas panelas, do escorredor e de muitas coisas.
Eu adaptei a casa ao meu jeito, mas muita coisa ainda está aqui.
Os móveis do meu quarto, com exceção da cama, devem ter uns 30 anos. São de madeira maciça.
A mesa da cozinha (sim, a cozinha é grande) era da minha avó e deve ter uns 40 anos. Intacta.
O móvel da copa, de madeira maciça, conta uns 25 anos. E eu morando sozinha com tudo isso imaginava que seria bom para cozinhar para amigos, família, meus sobrinhos. E rolava mesmo uma visita assim de vez em quando.
Então, apareceu o Gustavo e resolvemos morar juntos. Aqui, porque a casa dele era bem longe do meu trabalho. Ele já me pediu em casamento :)

E hoje estamos reformando a casa aos poucos. Como me servem essas panelas! Imaginem quando os meus três enteados vêm aqui!!!!

Besitos, Flavinha.