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A Tentação

Não sei se já falei aqui, mas além do Casinha Bonitinha, eu também escrevo em outro blog, o Paralelos/O Globo. Sou uma das colaboradoras e escrevo, em geral, sobre cinema, embora já tenha alguns rabiscos com outros temas. Até tentei umas poesias :)
Ontem publiquei a resenha de um filme que vi no cinema e adorei. 
Segue a resenha abaixo. O link para quem quiser conhecer o Paralelos está aqui.






A Tentação


Nunca tive tanta certeza do quão nocivo é o fundamentalismo antes de ver este filme. " A Tentação", dirigido por Matthew Chapman e estrelado pela belíssima Liv Tyler, que dispensa apresentações, fez parte da Seleção Oficial do Festival de Sundance de 2011 e nos adverte sobre o perigo do fanatismo religioso.
Como numa tragédia grega, Joe, personagem de Patrick Wilson, aluga um quarto de hotel para provocar e assistir da janela ao sofrimento humano. Joe é um fanático evangélico, fundamentalista, que discorre o tempo todo sobre como Deus é bom, como Jesus pode salvar e mudar completamente a sua vida, num tom professoral, arrogante e excludente, típico dos "donos da verdade", ou os "guardiães" da mesma.
Mas não pensem que esse tom é típico dos islâmicos. Quando se pensa em fundamentalismo, logo vem à mente o 11 de setembro e a tragédia que mudou para sempre os rumos da humanidade. Engana-se quem pensa assim. O discurso fundamentalista cristão é real e existe nas mais variadas denominações evangélicas, além de parte da Igreja Católica. Seja baseados no Corão, na Bíblia Sagrada ou mesmo na Doutrina Católica, os fundamentalistas são todos iguais, não há diferença entre eles: a verdade absoluta é somente a que eles crêem e o outro, um ser que precisa ser salvo, convertido, liberto das paixões mundanas, sendo que essa salvação vem somente através da fé que eles professam.
Gavin (Charlie Hunnam) é ateu. É um homem comum, bem humorado, trabalhador, que perdeu a filha num acidente de carro e, consequentemente, é deixado pela esposa. Ao tentar reconstruir sua vida, arruma um novo emprego e apaixona-se pela bela Shanna (Liv Tyler), esposa de Joe, uma mulher cheia de dramas íntimos, como qualquer ser humano normal, o abandono do pai, a relação de gratidão pelo marido, a fé em Deus e a busca pelo amor.
Gavin tem um medo, o de que um dia a bomba atômica chegue às mãos dos fundamentalistas, dispostos a matar ou morrer pelo que acreditam, dispostos principalmente a matar. Confesso: morro de medo também. A intolerância religiosa separa famílias, destrói amizades, corta as relações mais profundas. Em nome de quê? De quem? Joe acha que pode tudo, pois ele é "justificado" por Jesus Cristo. Até onde nós podemos ir em nome do que cremos, ignorando a fé ou a falta de fé alheias?
É um filme de amor? Se pensarmos em Gavin e Shanna, sim. Até mesmo se pensarmos no detetive católico Hollis, interpretado pelo grande Terrence Howard (o promotor de Law and Order LA, além de seus trabalhos em Homem de Ferro, Ray e tantos outros filmes), que faz uma descoberta terrível sobre sua família, que o consome e o faz repensar o seu casamento. Mas é primordial que voltemos a nossa atenção para as tão distantes atitudes do evangélico fanático e do ateu, diante dos incontornáveis fatos da vida.


O trailer do filme:



Besitos, Flavinha

3 comentários:

  1. Nossa, que história!

    Deu vontade de assistir!!

    Beijos

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  2. Oi Flavinha amo um bom filme e adorei o enredo desse vou procurar,.
    quero te convidar a participar de um sorteio no meu blog, o mimo é uma kokeshi.
    Bjos.
    Silvia.

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