A Arte é capaz de nos transportar para além de nós mesmos, para uma supra-realidade, geralmente melhor do que a nossa. Através da Arte, incorporamos o nosso universo onírico ao cotidiano, sentimos na pele as nossas utopias e somos assim, certamente, mais felizes.
E não é possível ser feliz sem a música, a pintura, a arquitetura, a literatura, o cinema, enfim, sem as diversas manifestações artísticas que nos emocionam.
E reinventar está na moda, graças a Deus. Cada vez mais as pessoas customizam roupas, restauram móveis, reciclam lixo, seja pela consciência ambiental, seja por prazer.
O criado mudo da Thais, aquela minha ex aluna fofa e inteligente que vocês já conhecem (lembre aqui da penteadeira dela) estava velhinho, cansadinho, branquinho, desgastado. Mas ela já sentiu o prazer que é reinventar algo e agora, tenho certeza, não vai parar mais.
E é ela mesma quem conta a história:
"Bom Flavinha, essa mesinha é bem antiga e me acompanha é tempos, muito tempo trás minha mãe pinto ela de branco,com tempo a tinta fico meio detonada!"
"Então aproveitando que com o fundo branco eu poderia jogar qualquer cor legal, resolvi arriscar um vermelhão.
Tirei os puxadores, dei uma limpeza dela, até ela ficar bem branca ( o branco agarra mt sujeira)"
"Apliquei 3 camadas de tinta spray vermelha, até cobrir bem, deixando secar bem em intervalos de mais ou menos 2 hrs)"
"Comprei o papel do beatles, que é papel de presente mesmo!
Colei com uma cola que não enrugue, só procurar nas papelarias, e apliquei verniz em spray incolor."
"E Pus os puxadores lá da rua Buenos aires.
vou pegar as fotos no meu celular e cartão da loja pra você fazer um post pra suas leitoras =)"
Gente, a cor está bárbara, o trabalho, impecável, esse puxador, a coisa mais cute do mundo, e ela ainda é gentil... entrou na loja de puxadores, no Centro do Rio, e fotografou pra mostrar pra gente.
Super beijocas, Thaís. Parabéns, ficou lindo. E obrigada por compartilhar e animar a galera aqui a meter a mão na massa.
Besitos, Flavia
Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... - mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva,
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.