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"Onde em nós a casa mora".

 

Após essa longa pandemia, com a chegada da vacina, se Deus quiser, tudo vai voltar ao normal. Mas por enquanto ainda não podemos sair em segurança (desculpa, sociedade, ainda não). Talvez fazer um programa ao ar livre, com umas quatro pessoas mais íntimas, não tenha tanto problema, mas ainda não me arrisco a grandes aglomerações, sobretudo, em lugares fechados. E, sendo assim, trago o "barzinho" para dentro de casa, afinal, ninguém é de ferro.

Isso me faz pensar em onde moramos, como habitamos as nossas casas, de que forma vivenciamos o nosso espaço. Lembro de numa frase do escritor Mia Couto, que diz: "O importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a casa mora" (do livro "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra"). Eu penso muito nesta frase, considero-a um pensamento suscetível a inúmeras e profundas reflexões. Lembro-me dela todas as vezes em que entro pela primeira vez na casa de alguém. Cada pessoa tem um jeito de morar, mas onde e como a nossa casa vive em nós?









Eu gosto de ficar em casa. Canso de dizer isso. Repito mil vezes o lema deste blogue, “Porque o melhor lugar do mundo é a nossa casa”. A minha casa vive em mim o tempo todo, aqui criei raízes. Eu penso na minha casa quando estou na rua, quando vejo um objeto de decoração, um móvel, um papel de parede... Quando viajo, sinto saudades da minha cama, da minha louça, das plantas, das almofadas, do cheiro da minha casa. Aqui ninguém sai sem um cafezinho com bolo, ou um vinho, uma cervejinha gelada. Na minha casa só entram pessoas muito especiais. A minha casa tem tanto de mim, tantas características minhas, tanta personalidade em tudo, que é como se eu mesma tivesse construído esse espaço, tijolo por tijolo.

Eu não a construí, infelizmente, meu pai comprou esta casa nos anos 80. Entretanto eu a construo dia após dia, cuidando dela. Cada comidinha gostosa que eu cozinho deixa as panelas mais bonitas. Toda vez que acendo uma vela ou um incenso a energia circula; se houver algo negativo, vai embora e deixa entrar toda vibração positiva da Espiritualidade superior. Em cada prece que faço dentro de casa, é com Deus que me conecto, meu pensamento voa alto, com meus pés fincados aqui. Os vinhos que tomo sozinha ou acompanhada brindam à alegria e à gratidão de ter um lugar onde eu me sinta tão feliz e para onde eu tenho tanta vontade de voltar.

A minha fachada precisa de uma pintura nova, que será concluída em breve. Quando olho para ela, sempre me vêm à memória a minha mãe na janela, chamando-nos para jantar. Neste quintal, que já foi infinito, brincamos de elástico, de pique, de queimado, cutucamos a mangueira, tantas vezes, eu e meus irmãos, e quando caía uma manga, era aquela correria para ver quem pegava primeiro. Eu tinha uma rede entre as pernas de uma banqueta que ficava no quarto da minha mãe, e nessa rede dormia minha boneca Emília, hoje este quarto é meu. Com tijolos, fizemos casinhas no quintal, fogãozinho. Aqui meus irmãos e eu tomamos muito banho de mangueira. À noite, eram dois os meus programas favoritos, ou ficava olhando as estrelas, ou lendo a obra de Monteiro Lobato, presente do meu pai. Os alicerces da minha vida foram construídos nos alicerces desta casa. Assim ela mora mais em mim do que eu nela.

Não existe morar sem liberdade. Aqui eu me sinto livre, ando para um lado e para outro, sou a Rainha do meu Estado; conheço toda a potência desta casa, ainda não totalmente desenvolvida porque os meus recursos financeiros são parcos. Conheço também todas as suas fragilidades, uma porta que não fecha direito, um descascadinho na parede ou o azulejo antiguinho do banheiro. Mas nada disso é problema, porque morar bem não é ter luxo, é olhar em volta e ver as suas referências, é sentir-se protegido e feliz em um ambiente, é receber as pessoas queridas com carinho e alegria, é orgulhar-se do ambiente que tem a nossa cara, é desejar sempre voltar para casa.



Besitos.

 


Jeito de morar

Ouvi da minha manicure:
“Flavia, você gosta de ler e escrever, gosta de música, faz colares e brincos com as suas mãos, você joga tarô, vai à Missa, sabe como imagino a sua casa?”


Respirei fundo… Ela continuou:
“Você deve morar numa tenda de seda, com cristais pendurados, cheia de plantas. A sua casa deve ter incenso de alfazema, deve ser cheia de quadros e livros. Com certeza tem uma mandala, ou outra coisa mística pendurada na parede. Você acende velas… E você ouve música quando vai cozinhar, né? Você tem cachorro, né, eu jurava que era um gato. E santo, você tem muito santo pela casa”.




Fiquei profundamente emocionada, e voltei-me para a questão da casa com personalidade, um tema que sempre me acompanhou.





A manicure nunca entrou na minha casa, entretanto, ela me conhece há algum tempo, e sabe um pouco dos meus gostos e afazeres. Ao descrever com exatidão, exceto pela tenda de seda, o meu jeito de morar, não apenas me chamou a atenção o quanto ela é observadora, mas também o quanto a minha casa reflete a minha personalidade.



Eu já escrevi muito sobre isso no blogue Casinha Bonitinha, contudo, a expressão minuciosa da manicure sobre a minha casa me surpreendeu. Cada pessoa tem seu jeito de morar (expressão que inventei e adoro), mas o que seria morar? Que elementos o definem?




Morar vai muito além de habitar um espaço. Morar é sentir-se pertencente a um lugar, perceber que somos felizes ali, que estamos seguros, que o ambiente nos faz bem e que preenche as nossas necessidades. E essas necessidades não são iguais para todos.


Uma família que se reúne para ver tevê precisa de uma sala com tevê. A minha sala não tem tevê. Eu moro sozinha, quase não vejo tevê, e, quando assisto a alguma coisa, é no meu quarto. Para mim, a sala, a enorme cozinha e a varanda são espaços de receber as pessoas e conversar. Esse é o meu jeito de morar. Muitas pessoas transformam varandas de apartamentos em “home office”, pois precisam de um cantinho para trabalhar e não há como dispor desse ambiente em outros cômodos da casa.


O jeito de cada um morar é muito particular, bastante subjetivo, e não se restringe à disposição de ambientes e móveis. Está relacionado à familiaridade com a casa, à intimidade com ela. Eu cuido da minha casa? Ela cuida de mim, acolhendo-me, quando chego da rua? Ela revela particularidades minhas? Eu escolho quem entra na minha casa, quem tem acesso à minha privacidade?





Já ouvi de alguns amigos próximos que a minha casa tem uma energia positiva, uma “vibe” de paz; já ouvi até “sua casa é boa pra dormir”, o que muito me honra, pois nós só dormimos bem quando estamos seguros. Eu realmente sinto que pertenço a esta casa de onde escrevo agora. E essa sensação de pertencimento vem, certamente, do fato de ela ter a minha cara, revelar as minhas idiossincrasias, e toda a minha construção como ser humano. A decoração tem um papel essencial nesse processo; quadros, livros, discos, plantas, xícaras, “toy art”, revistas, mobília ou a nossa cor favorita na parede podem ajudar a construir esse pertencimento.





Uma casa não precisa ser luxuosa, ela precisa ser amada, cuidada, mimada de vez em quando. É uma delícia ter para onde voltar, chegar e não querer mais sair.

Uma casa precisa ser um lar, para que a gente seja feliz

Acho que nunca fiquei tanto tempo longe daqui. A ascensão do Instagram, hoje considerado blogue por muita gente, a criação da minha loja virtual de acessórios femininos, uma profunda crise de depressão, uma separação traumática, um relacionamento abusivo, enfim, foram muitos os fatores que me afastaram deste blogue, que criei em 2010 (meu Deus! vamos fazer 10 anos!), porque eu vivia angustiada por viver em uma casa que não tinha nada a ver comigo, um espaço que eu queria modificar e imprimir personalidade, mas não tinha forças para fazê-lo sozinha. 






Na verdade, acho que esta é a primeira vez que escrevo sobre as razões pelas quais eu criei o blogue. Eu tinha sim o interesse de escrever sobre Decoração, porém, era mais do que isso: era o desejo de escrever sobre o ato de morar, o desejo era morar em uma casa que me fizesse bem. Eu morava na época na mesma casa em que moro hoje, contudo, hoje ela tem a minha cara, embora estejam faltando alguns detalhes ainda. Hoje eu vivo em um ambiente harmônico, com personalidade, mas quando eu resolvi escrever o Casinha Bonitinha, eu estava em busca de identidade. 




Vindo de um primeiro casamento em que o meu apartamento pouco ou nada refletia a minha imagem, porque tudo era escolha do ex marido, fui morar com minha mãe. Eu estava doente. Minha mãe me acolheu e cuidou de mim. Eu vivia com o então marido em um apartamento bom, mas para onde eu nunca queria voltar. O relacionamento era muito opressor, principalmente depois que a filha dele foi morar conosco. Eu não podia decidir nada, nem o que fazer num domingo de manhã, nem mesmo trocar almofadas porque ele pouco ou nada gostava de estampas. Plantas em casa nem pensar, a não ser que a menina quisesse. O pior foi começar a odiar a minha casa por conta da terceira pessoa, que vivia ali, tomando o espaço cada vez mais, de inúmeras formas. Não quero falar sobre o casamento em si, pois isso é algo superado, mas sobre o ato de morar. Toda essa opressão foi me afastando da minha própria casa e me fazendo adoecer.






No segundo casamento, o marido veio morar nesta casa onde moro hoje. Veio assim, sem mais nem menos. Veio sem dizer que vinha (eu precisei perguntar: você está morando aqui?). Apenas entrou e eu, apaixonada como estava, sentia sim, percebia sim aquele movimento, mas ia abafando aquilo dentro de mim, por medo de perder a pessoa que eu amava. Então eu abracei aquela ideia, comecei a fazer planos, porque a casa precisava de algumas reformas, depois percebi que, embora eu não vivesse sozinha, os planos eram só meus. Fui para a internet procurar referências, comprei muitas revistas de decoração e construção e comecei a sonhar. Então, criei o blogue.




Dois cachorros grandes dos quais eu cuidava sozinha, livros espalhados por toda a casa, roupas, revistas e jornais, cachimbos, bombinhas de asma, tudo ficava totalmente espalhado e, por mais que eu conversasse, nada mudava. Cada vez que eu lavava o quintal (e isso era diariamente, afinal era 2 cachorros), eu chorava, sofria uma angústia cortante, minha garganta "fechava", e eu não sabia se odiava o marido, os cachorros ou a mim mesma, por me permitir viver aquilo. A casa precisava de um muro novo, uma pintura nova, consertos no telhado e outros detalhes. Nada, absolutamente nada importava para ele, e eu me vi novamente sozinha nos meus planos de ter um lar agradável e com personalidade. É óbvio que eu, apoiada na terapia, arregacei as mangas e contratei pedreiro, pintor e eletricista para resolver os problemas. 





Hoje minha casa tem a minha cara. Eu moro em um ambiente do qual me orgulho porque eu cuido de cada detalhe. Tenho algumas plantas, quadrinhos nas paredes, cores em detalhes, luminárias e penduricalhos. Cada coisa tem o seu lugar, a bagunça acabou. Tenho um cachorrinho fofo e uma orquídea. Só faltam a pintura externa e um painel vertical de plantas. Tenho até um chuveirão no quintal. Ainda pretendo trocar o rack da sala por um novo, com pés palito, e comprar um lustre para o meu quarto.
O mais importante não é o que a casa tem, mas como eu me sinto bem aqui!!!!!! Como eu tenho vontade de voltar para casa!!!!!!!! Como gosto de receber minha família e meus amigos aqui!!!!!! Quem entra na minha casa, geralmente, diz: "sua casa é uma graça!", e a casa é tão simples, minha gente! Deve ser a minha alegria, o meu bem-estar, que acabam contagiando as pessoas. É o meu lugar, minha segurança. Minha casa é meu "bunker", meu porto seguro, meu espaço, minha intimidade. Gosto de ficar em casa, cuidar da casa, limpar, organizar, decorar do meu jeito. Não há como viver em um espaço com o qual eu não tenho identidade. Amo minha companhia, amo ficar em casa, porque a minha casa tem a minha cara. Meus quadros, meus livros, discos, vinhos, filmes, lembranças de viagens, tudo isso forma não só meu arcabouço referencial para a vida, mas também o meu aconchego. É em casa, e sozinha, que faço as minhas viagens interiores; mergulho bem fundo no sentido das minhas preferências, no simples fato de escolher a cor de uma almofada. Quem sou eu? Hoje toda a minha casa pode responder parte desta pergunta.

O famoso relógio de parede

Minha sogra sabe que eu adoro decoração e que amo cuidar da casa. Faz um tempinho, ela me presenteou com um relógio de parede muito charmoso.

Na verdade, eu não me lembro mais se foi um aniversário, ou um Natal... de tanto tempo que o relógio ficou guardado. Nem sei por que ele ficou na caixa durante tanto tempo. Como já falei em outro post, aqui , tenho minhas "inquietudes" em relação à casinha. Ah, mas isso não importa mais.

Enfim, o relógio foi para o seu lugar há 2 meses. O lugar do relógio não foi problema, porque, no fundo, eu já sabia para onde ele iria, e que efeito isso faria na decoração. E não é que... voilà




(O relógio visto da cozinha.)






(O relógio visto da sala.)

Foi uma das fotos mais bem curtidas e comentadas no Instagram do blogue. Não faltaram elogios, nem perguntas sobre onde encontrá-lo. Rolou até um "você me vende?". Hããã?? 

Preciso dizer que foi um dos presentes mais queridos que ganhei na vida?


Inquietudes

Amo minha casa. Amo mesmo, de verdade, isso não é clichê. Não é à toa que o lema deste bloguito é "porque o melhor lugar do mundo é a nossa casa". Sou daquelas que curte ficar só em casa, quietinha, tomar um cafezinho no sofá, cuidar das plantas...

Mas tenho lá minhas inquietudes. Gosto de trocar mantas, capas de almofadas, troco alguns móveis de lugar (algumas transformações aqui e aqui ) .


No fundo, eu queria ter umas 3 ou 4 casas fixas. Só para eu ter diferentes espaços para decorar. Uma com mezanino, outra com um varandão, uma terceira com janelas coloniais, outra com lareira, uma com um belo sótão... 

Alguém se identifica?







Gostei mais da segunda versão. Daqui a pouco eu mudo de novo.

Minha sala, transformações II

Após um período sabático, voltei ontem a postar aqui. Eu gosto demais deste blogue, mas escrever demanda tempo, o que tem sido raro nos últimos meses, depois que criei a Dona Makakinha, uma marca de acessórios femininos.

Ontem falei um pouco das pequenas mudanças que tenho feito na minha sala pequenina, desde dezembro, quando ela ganhou uma pintura nova. É claro que eu vou fotografando tudo, sempre pensando em mostrar para vocês, queridos e fiéis leitores. 

Não sei na casa de vocês. Mas comigo decoração funciona assim: eu olho, testo, penso, rabisco um desenho, compro uma peça, depois outra, vou devagar. Meu marido, que não ligava muito para isso, hoje, gosta de olhar algumas imagens na internet, vai comigo às lojas de decoração e home centers, dá a opinião dele. Confesso que estou amando isso, afinal, a casa é nossa.

Aquela mesinha lateral linda que eu contei a vocês que comprei de uma amiga designer ganhou uma linda boneca africana. Foi presente de uma amiga muito querida, a Jacqueline. Ela comprou de um grande artesão de Salvador.



Além da boneca africana, fica na mesinha a réplica da Pietà, de Michelangelo, que eu ganhei de aniversário há muitos anos, de outro amigo, muito querido, de quem morro de saudades, o Kebinho. É uma das coisas mais bonitas que tenho em casa. Essa luminária será trocada em breve (não reparem, tá, ela é velhinha, mas como não tenho outra, ela fica aí mesmo, porque eu amo uma luz indireta na sala).

Com a chegada do Byron, meu gatinho filhote, que apareceu no meu portão miando desesperado de fome e resolvemos adotá-lo, o sofá vive com mantas. Ora uso manta clara, lisa, uma marfim que eu tenho, ora essa estampada na foto abaixo. Descobrimos um spray educador para cães e gatos, mas, honestamente, é preciso aplicar umas 3 vezes por dia para fazer efeito. Não me importo que o Byron sente no sofá, porém, não vou permitir que ele o destrua.





O Cristo na parede é o xodó do meu marido. Eu AMO este Cristo. Foi presente de um grande amigo nosso, o Antônio. Eu sou meio mística, adoro tudo o que se refere à fé e tenho grande curiosidade nos aspectos culturais de todas as religiões. Fui católica durante 42 anos e atualmente estou estudando e experimentando o Espiritismo Kardecista, ou seja, continuo cristã. Nesta parede eu ia colocar outros quadros, para meu marido me convenceu de que o Cristo bastava. E basta mesmo.

E não é que a plantinha voltou para dentro de casa? Coisa boa a presença do verde!!!! 



Como eu escrevi no post anterior, as cortinas serão instaladas no próximo sábado. Estou até pensando em como vou ficar sem essa luz natural!!!!!

Outro cantinho que sofreu intervenção foi o da mesa lateral feita pelo meu padrasto. Vejam:




A parede da mesinha estava muito vazia. Optei por esses acrílicos decorativos lindos da MUDO MINHA CASA. Vejam que vida a parede ganhou! Eles são leves, resistentes e fáceis de prender na parede; eu usei fita banana. A MUDO MINHA CASA merece um post falando apenas sobre ela. Trata-se de uma loja de artigos decorativos lindos, adesivos, acrílicos, papéis de parede, posters e muito mais, para todos os ambientes da casa. A loja tem preços ótimos, é de confiança, entrega direitinho e o produto vem muito bem embalado, para evitar que seja danificado. 

A mesa feita pelo meu padrasto ainda vai ganhar uns retoques, como tinha, um tampo espelhado e uma nova luminária. Eu vou mostrar aqui, assim que estiver pronta.


Minha sala, transformações I

Desde que fiz uma pintura na minha sala, em dezembro, ainda estou às voltas com a escolha de objetos decorativos. Não gosto de escolher nada com pressa para não comprar coisas por impulso, que depois acabam sendo inúteis.

Os leitores deste blogue sabem que eu sou adepta do reaproveitamento, da simplicidade, do conforto sem luxo (num país tão desigual como o nosso, acho até cafona esbanjar dinheiro). 

Eu sou muito ligada à história das coisas: tenho uma mesa, por exemplo, que tem 50 anos, pelo menos. Foi da minha avó. Guardo uma foto aos 3 anos de idade, sentada à mesa, tomando sopa com meus primos. Hoje eu tenho 44. A mesa está inteira, absolutamente, intacta.

Mas vamos falar da sala. Minha sala é bem pequena, mas isso não é um problema para uma casa onde mora apenas um casal. Quando terminou a pintura, logo começaram os festejos de Natal e eu acabei decorando alguns cantinhos com detalhes natalinos:



Foi tudo improvisado. Todos os enfeites eu já tinha. A mesinha no canto do sofá foi feita pelo meu padrasto. Ele tem 83 anos!!! Essa mesa tem imenso valor para mim. Vou colocar nela um tampo espelhado e pintar a madeira. Ainda não decidi a cor.

A mesa-bandeja eu bati o olho e fiquei apaixonada. Comprei de uma amiga, designer de interiores, que estava desapegando dessa belezura, com tampo de mosaico, devido à mudança para um apartamento novo.

Após as festas, veio aquele vazio... Eu pensei em comprar muita coisa, mas não consegui me desfazer de outras. Até hoje ainda estou decorando a sala. Só ontem compramos as cortinas (meu marido opinou na escolha, o que foi muito legal, porque geralmente ele é meio desligado dessas coisas). O sofá foi presente do meu pai.





O que colocar no sofá? Quantas almofadas? Com ou sem manta? Ele é um sofá de 3 lugares bem espaçoso, com 2,10m de comprimento. Por um tempo fiquei com essas duas opções acima.

E os pufes? Eu adoro esses pufes quadradinhos porque sempre dá pra acomodar mais alguém na sala, para um bate-papo. E a plantinha? Coloco verde dentro de casa ou não? Foi outro ponto que demorei a decidir. E hoje, com a chegada do Byron, nosso gatinho filhote, a planta votou para a varanda, porque ele certamente espalharia a terra pela casa. 







Primeiro os pufes ficaram num cantinho com a planta. Quando meu marido trouxe a cadeira de balanço do quarto para a sala, os pufes ganharam outro espaço. E minha mesa linda também mudou de lugar. Nestas últimas fotos, já tínhamos comprado um tapete (provisório, rsrs).

Na foto abaixo, vou mostrar um panorama geral, antes da chegada do Byron:





As paredes aqui continuavam vazias. Mas, gente, mudou muita coisa. Mas isso é assunto para um post semana que vem. Vou arrumar a sala, fotografar e mostrar tudinho aqui.

A luz natural é tão boa, que dá pena colocar uma cortina, mas já compramos e elas serão instaladas neste sábado.

E os quadrinhos também estão, aos poucos, sendo instalados.

Este espelho é de madeira maciça. Ganhei de uma amiga muito querida. Está no chão, do outro lado do sofá, por ora, enquanto não decidimos onde colocá-lo. Confesso que adorei assim.



Já falei várias vezes aqui: casa tem de ter personalidade, sua decoração precisa mostrar quem você é, falar dos seus gostos, da sua história. Não há nada mais frio do que uma casa com cara de showroom.

Reforma em casa

É sempre bom reformar a casa. Na verdade, há controvérsias. 
Existem pessoas que têm pavor de obra, principalmente quando se mora dentro do ambiente em reforma. Faz sentido, afinal, durante o trabalho, é preciso conviver com a desordem e a poeira.
Particularmente, não me incomodo. Eu gosto de mudanças. Para mim, pintar uma parede, reformar um móvel, criar um jardim, trocar uma cortina, pintar azulejos, trocar o piso da casa, tudo isso me alegra interiormente, pois me dá a sensação de que estou andando, caminhando, seguindo em frente, evoluindo e, é claro, deixando para trás o que já passou. 
Parece loucura, mas uma reforma em casa é algo muito simbólico pra mim. Eu sou assim.


Eu gosto até de mudança, por incrível que pareça. Mudança dá muito trabalho, entretanto, quer você queira ou não, ao encaixotar os objetos para transportá-los, você acaba olhando para eles, sentindo-os, percebendo-os. São memórias que regressam, boas e ruins, de fato, mas na nossa vida o que não nos matou até agora, certamente só nos tornou mais fortes. Lembrar é bom, fortalece.
Durante a mudança, ao percebermos os móveis, as louças, roupas e calçados, discos e livros, quadros, tapetes, revisitamos as coisas, com um outro olhar e, não raro, deixamos algumas delas na antiga casa. Talvez aquilo não faça mais sentido na nossa vida, não combine com a nova decoração, ou até descobrimos que nunca, em tempo algum, aquilo nos foi necessário, talvez fora comprado num impulso de consumo e ficara guardado por puro apego material.
Assim como mudanças e reformas, em adoro abrir e olhar para os meus armários. E sempre, sempre descubro a mesma coisa: que eu tenho muito mais do que o necessário para viver, embora eu não tenha dinheiro sobrando e viva uma vida simples. 


Estamos fazendo mais uma pequena reforma em casa. Eu moro em uma casa boa e simples, em um bairro de classe média baixa, de gente trabalhadora, no centro da cidade de São Gonçalo, RJ. Esta casa data dos anos 50. Ela teve uma grande reforma nos anos 70 e está com o estilo setentinha até hoje (eu adoro isso). Em breve eu vou mostrar as pastilhas da fachada, o arco da varanda, o ladrilho. Meus pais compraram esta casa nos anos 80 e fizeram outras reformas, mas sem descaracterizá-la. Nos anos 90 e 2000 ela teve algumas pinturas. Desde que vim morar aqui, comecei a consertar alguns itens necessários: marido e eu fizemos uma reforma na parte elétrica e alguns consertos na parte hidráulica. A casa tinha fossa e caixa de gordura antigas, que foram trocadas por novas (no caso da fossa, esqueci o nome do tubo que o pedreiro colocou, é algo moderno). Fizemos um muro, restauramos o quintal, construímos um jardim, fizemos até uma nova calçada. Até o telhado precisava de reformas. E ainda falta muita coisa!
Recentemente resolvemos pintar a sala e o corredor. É mais uma etapa do planejamento. Queríamos uma cor clara, leve, mas não o branco.  Então optamos por um verdinho bem claro, tipo "verde erva doce" (posso até olhar na lata e ver o nome certinho da cor). Compramos uma tinta excelente da Sherwin Williams, que cobre bem, seca rápido, tem bom rendimento e não tem cheiro. 

 Esta mesinha foi feita pelo meu padrasto e será, em breve, vermelha. A luminária será trocada.

Meu marido ficou super nervoso com a reforma. A parede precisava de massa, lixa, pra depois receber a tinta. Por causa da umidade, havia buracos em alguns pontos do reboco. Em um trecho no canto da sala, o pintor teve até de refazer o emboço. Faz bagunça sim, faz poeira sim. Depois fica tudo novinho e lindo, pronto para uma nova decoração.
Para mim a reforma é extremamente excitante. É um jeito de melhorar o ambiente em que vivo, onde passo meus melhores momentos, onde recebo as pessoas que amo, onde leio, cozinho, vejo tevê, escrevo, brinco com meu cachorro, cuido das minhas plantas, onde passo boa parte do meu tempo. Minha casa é onde me sinto segura, onde me abrigo da chuva e do sol escaldante. É o lugar para onde volto: meu lar, o meu aconchego, o meu porto seguro. 


 Eu AMAVA a composição de quadrinhos desta parede, mas, com a pintura, tive de retirá-los. Estou querendo aproveitar alguns.


Alguns cantinhos já estão sendo arrumados. Eu demoro um pouco para decorar porque fico pensando, buscando inspirações em revistas e blogues, adequando ao espaço as coisas que eu já tenho, faço desenhos no papel, reciclo objetos.
É como recomeçar, é seguir em frente, é cuidar de si mesma, eu sinto assim. Decoração tem que ter a minha cara, não uma cara de loja. Nossa casa tem de ter impressa a nossa personalidade. 
Se você entrar aqui, certamente vai saber: aqui mora gente que ama livros, gente que adora cinema, gente que ouve Beatles e música clássica, gente que admira Arte, gente que reza e preza pela simplicidade.



Ainda estou naquela fase de estudar, experimentar, testar possibilidades, tudo sem perder a personalidade. Estou testando uma parede de divinos, uma parede de espelhinhos. Já falei outras vezes da minha casa aqui no Casinha Bonitinha, agora vou falar mais ainda. Semana que vem tem uma pequena reforma no meu quarto. Meu marido vai enlouquecer, rsrsrs.



Porque o melhor lugar do mundo é a nossa casa. Eu acredito nisso, de verdade.

Este post NÃO É um publieditorial.

Organizando a maquiagem (e algumas ideias para um organizador de talheres)



Acho que a regra número um da organização é sempre colocar as coisas nos seus devidos lugares. No dia-a-dia, eu sei, nem sempre é fácil tirar algo do lugar e devolvê-lo na mesma hora. Eu sei disso, mas vou ser honesta: faça um esforço, torne isso um hábito, e você vai ver que, em breve, esse gesto será a sua rotina. E vai facilitar a sua vida. Como? Você não vai mais perder tempo procurando as coisas, porque vai saber exatamente onde elas estão.

Eu decidi ter menos coisas, disse isso no outro post. Menos roupa, menos maquiagem, menos louças, menos sapatos. Na minha casa moram 2 pessoas e não recebemos muita gente com frequência (nem cabe muita gente aqui). Eu não preciso de, por exemplo, 6 jogos de xícaras! 6 jogos! Não, é muito. É realmente muita coisa, que só ocupa espaço. 

Organizando a maquiagem, eu vi que eu tinha mais de 20 batons! Alguns, óbvio, fora da validade. (Por favor, gente, tudo, absolutamente tudo o que estiver fora da validade deve ir para o lixo.) Agora, se eu não sou obrigada a usar batom todos os dias, na verdade, nem uso, por que eu precisaria de mais de 20 batons? Eu não preciso de 6 tipos diferentes de rímel. Confesso que nem saco tenho para usar e nem entendo aquilo tudo: um separa os cílios, outro alonga os cílios, outro dá efeito de cílio postiço, um quarto rímel alonga e é à prova d'água... e por aí vai. Coisas inúteis que a mídia coloca como necessidades para a nossa vida e para a nossa felicidade. E o pior: a gente acredita nisso.

Procurei na blogosfera mil maneiras de organizar a pouca maquiagem que me restou (e é tudo de que preciso, obrigada), e ela coube exatamente em um... pasme!... organizador de talheres. Adorei a ideia porque assim fica tudo fácil de encontrar na hora de me arrumar para sair. 




E você deve estar se perguntando pelos batons. Eles ficam em um prático organizador de batons, daqueles de acrílico, que cabem 6 unidades. Exatamente a quantidade que eu tenho agora.

Olha a inspiração!





Mas... um organizador de talheres? Sim, eles servem para organizar muitas coisas. Aqui em casa, por exemplo, ele já faz parte de outro cômodo, organizando, na mesa, os objetos que mais uso no home office. Olha!





A inspiração? 

 










Ah, claro, eles também organizam talheres! hihihihihi

Besitos

Flavia


Imagens: Tu Organizas, Pinterest





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